24 julho 2009

Jornada de Prata

Pros 25 anos de música de Pingo de Fortaleza

Epababá, na paz de Oxalá,

peço licença pra começar.

Minha vida: jornada de prata.

Tanto encontro a cada canção!

Beira-mar, riacho e cascata...

No mesmo compasso, cidade e sertão.

Minha vida: jornada de prata.

Meu caminho é sempre buscar.

Canto meu povo de alma encantada,

dançando com gosto e corpo solar.

Minha vida: jornada de prata.

A gente quer festa, trabalho e chão.

O peito pulsa e o violão acata

loa, balada, maracatu e baião.

Epababá, na paz de Oxalá,

peço licença pra recomeçar.

Fortaleza, Beberibe, Meruoca...

Eu canto o que a alma toca,

tudo que faz o corpo bailar

de amigos e filhos e quem mais chegar.

É um abraço o que eu faço:

ternura é quem tece cada canção.

A harmonia pulsa, rubro compasso.

Afino o violão pelo lá da imensidão.

Pelo caminho, tem tantos abrigos:

O olhar dos filhos, a casa do amigo.

No encontro de cada dia consigo

transcender as fronteiras do umbigo.

Epababá, na paz de Oxalá,

eu agradeço a quem escutar.

Nossa vida: jornada de ouro.

Esta platéia é meu grande tesouro!

Henrique Beltrão

Pingo, amigo e parceiro, meu poético aplauso em
teus 25 anos fazendo música para nossa gente, minha
vermelha gratidão por cada momento de aprendizagem
e caminhada compartilhada, minha admiração em versos
simples e sinceros: encontrei o poema que fiz para ti
logo que me falaste da idéia do disco de baladas
(agora Prata 950) quando me arvorei a sugerir que o
chamasses Jornada de Prata. Lembra disso? Depois fiz
outro, meio bamba, que te enviei. Fiquei feliz de achar este,
o original. Digitei-o ao som de Aproveite o dia e Solencanto.
Burilei os versos, aparei aqui, rimei ali... está vivo, se bulindo,
até publicar quem sabe muda... ou vira música...

Abraço na fraternidade da composição universal!

Henrique Beltrão